sexta-feira, 6 de julho de 2012

2042.1

Fazemos agora uma pausa para explicar que se passou tempo e o astro azul, e Babalith sabia agora uma fala  mágica que usava raramente. Passaram-se também dois mil e quarenta e dois anos e Babalith fora professora de muitas mulheres. E entrou num bar feito de mulheres e vendo uma que trazia a roupa limpa olhou-a de cima, e lhe disse esta mulher assim: "não me julgues pela minha aparência pois posso-te surpreender" e Babalith ripostou: "É fácil saber que és burra. Se não julgo, não me surpreendo."

Babalith sentou-se e ouvindo os desabafos do povo reparou como uma ligeireza falsa e podre tomara conta do seu mundo. Uma lhe dizia: "Fulana abandonou-me quando mais precisava, mas é a bondade da vida que retira do nosso caminho os que não pertencem à nossa vitória" e esta foi Babalith trair o mais que pôde, porque quem não é capaz de reconhecer a crueldade menos reconhecerá a verdade, e quem não está com a                  verdade é infértil e impotente nas suas mentiras. E outra mulher disse: "não existem pessoas certas umas para as outras, mas pessoas imperfeitas que encontram alguém de quem aceitem as imperfeições e de quem as suas imperfeições sejam aceites" e a estas Babalith mutilou para deixar ao circo porque antes eram imbecis, sonolentas e inúteis.

Ao canto um bando de mulheres jogava um horóscopo em que cada uma era uma deusa, e Babalith desejou que fossem ao menos animais.

E na telefonia diziam: "milhares de anos de religião levaram-nos à idade média, 200 anos de ciência levaram-nos à Lua", mas Babalith era demasiado inteligente para ter percebido alguma coisa do que acabara de ouvir.

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