sábado, 7 de julho de 2012

2042.3

Babalith não parou por estas mulheres, seguiu sobranceira ao hospital e no hospital encontrou a sua antiga aluna, uma das suas melhores alunas. O hospital consistia de vários  túmulos abertos ao firmamento, uma inscrição pendia ao vento cinzento fazendo as partes de porteiro, e lia-se "Pelo que esperas para observar o céu?". A aluna de Babalith, como uma parte da multidão, deitava-se ao lado das campas e ficava a mirar o céu e faziam disto o seu estilo de vida. "Ó imortal, tornei-me cansada de conversas negras," disse-lhe esta "e fitando o céu vejo que tudo na terra é como as nuvens, ou como as ondas do mar. Eu gosto de me sentar a ver. É assim que se vive a vida e se é feliz. Ser feliz é a finalidade da Mulher." mas Babalith quis responder-lhe "Ser feliz é o final da Mulher", e pediu antes que a mulher se levantasse e caminhasse com ela, porém, as pernas da mesma cederam e não foi capaz de se manter em pé. "Eis que fitando o céu te tornaste tão rasteira como a lesma" disse Babalith. Enterrou-a, apesar da mulher ainda sorrir.  

1 comentário:

  1. Emudeci. Quem sabe a minha língua também cedeu e não foi capaz de falar; e eu seja agora tão rasteira como a tal lesma que Babalith menciona. Sim, estou a sorrir.

    Menina dos Lobos.
    (Agnes)

    ResponderEliminar