segunda-feira, 14 de junho de 2010

8.



Fantasy - Babalith


Babalith chegou a uma cidade em meia-Lua, subterrânea, exposta em degraus. Num, catedrais de água, que serviam como piscinas. Noutro, palmeiras cujas folhas eram harpas nas quais as correntes de ar vinham tocar. Noutro, uma grande mesa de mármore fazia uma praça inteira, habitada por vários alimentos. Ninguém percorria a cidade. Por isso, Babalith sentou-se a falar com o mesmo ar que, para ela, tocava harpa.
“Eis que chegou o dia em que o homem olhou a cidade, e se perguntou, que desejo ou terror esconde a cidade? Que pergunta lhe tenho de responder? Outro dia chegou em que o homem olhou o seu próximo e perguntou, que desejo ou terror esconde este indivíduo? Que pergunta lhe tenho a responder? E esse homem era o homem que sonhava com esfinges. Nesse dia o homem refugiou-se das cidades e do próximo, e refugiou-se em si mesmo: nesse dia o homem perdeu-se a si mesmo. No centro da cidade, no centro do outro, e no centro de si mesmo criou dois altares, o Tu, e o Eu. Esse era o homem que sonhou ter banido o Ser. A mulher desse homem ensinou a seguir: amai não o que está próximo, mas o que está longe, não o que é, mas o que virá. Essa mulher populou a cidade de fantasmas e, observando o homem, via uma multidão de espectros. Esse dia, em que um pegou na carne e nos ossos do vizinho, para libação, foi o dia da inauguração da máquina.”

Horned Wolf

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